
Enquanto a campanha política de Eures Ribeiro (PV) fala de amor pela cidade e mudança, inclusive tendo como logomarca um coração verde, a de Moizés (PDT) prima por lembrar o eleitor sobre ética, moral e bons costumes, sob a tônica da importância da instituição famíliar como o principal pilar da sociedade. O processo eleitoral em Bom Jesus da Lapa é mesmo uma “caixinha de surpresas”. O que se viu na carreata organizada em torno do candidato a prefeito, Moizés Barbosa, reflete exatamente o quanto uma campanha pode ser variável até que o tensor venha a parar em um dos números partidários indicando que aquele ficou com a temperatura mais alta. Daí, surgirá o vencedor. Considerando-se que a campanha está apenas começando, pode-se notar que este ano o barulho vai ser maior, as estratégias vão surgir da noite para o dia, pois o que conta é volume, massa, cores, bandeirolas e muitas canções motivacionais para lembrar nome e número de candidatos. Pelo menos na cabeça dos marketeiros políticos isso é um fato e uma aposta, mas, acredita-se que os eleitores mesmo influenciados pelos ventos do processo, já apostam em um dos números lançados no grande tabuleiro da Eleição 2012. Estão na disputa os números 12 (Moizés), 36 (Edimar Matheus), 40 (Dr. Edvaldo) e 43 (Eures Ribeiro). Todos acreditam que vão ganhar a eleição - e não pode ser diferente -, porém, o volume mesmo gira em torno dos nomes de Eures e Moizés. O primeiro lutou por aglutinar partidos em torno do seu intento, o segundo conseguiu o apoio de vereadores de peso nos últimos quatro anos. Os demais vêm para a disputa apoiados em idealismo social e pouco dinheiro. Para o Dr. Edvaldo, Deus o levará à vitória. Já o senhor Edimar Matheus prefere atacar o poder público municipal dos últimos 8 anos, com publicações contendo denúncias segundo sua ótica. É assim que ele pretende chamar a atenção do eleitorado. Campanha política no sentido mais abrangente, com muitas pessoas envolvidas, apenas Moizés e Eures começaram a realizar e demonstram que estão preparados para o embate. O grupo de Eures aposta na experiência politica, no carisma do deputado e no fato de que ele vem tendo seu nome exposto há muitos anos. Já Moizés, uma pessoa que conheceu o adversário na campanha de 2008, como um dos coordenadores das ações de Eures, sabe qual é o perfil emocional do opositor, assim como suas fraquezas. Após a carreata de Moizés realizada no Sábado, a qual, segundo comentários só se compara a de Arthur Maia quando ele chegou na Lapa, trouxe confiança a muita gente, e várias pessoas que ainda não sabiam se deveriam apostar em Moizés, acabaram “descendo do muro”. Muitos comentários de que o candidato já ganhou foi ouvido pelas esquinas. Disseram até que Eures deveria jogar a toalha, claro, de forma exagerada e com o velho humor dos dias de política. Naturalmente, a carreata de Eures marcada para o dia 28 próximo, vai ser uma resposta ao adversário Moizés, pois o jogo é como uma disputa entre dois cordões, um verde e outro azul-encarnado. Mudança é uma das palavras-chaves da campanha de Eures, enquanto que ética, moral e bons costumes estão na boca dos locutores da campanha de Moizés, que, na pré-campanha fez questão de aparecer junto com a família e nas duas primeiras ações de rua, veio com mulher e filhos. Espera-se que por conta dos conceitos explorados pelos candidatos, os ânimos não venham a se acirrar e que os correligionários de ambas as partes ajam com civilidade e entendam que o Brasil é um país livre e as classes sociais a cada dia têm muita liberdade de expressão e ação. Se Eures já posou ao lado de deputados estaduais em sua caminhada de Domingo, 15 de julho, Moizés apenas surgiu na foto com sua vice Regina Tanajura e os vereadores que o apoiam. Roberto e Arthur Maia que prometeram entrar na campanha, devem estar guardando as energias para um comício. Eures, entretanto, na carreata que vem por aí, deverá convidar nomes de peso que o apoiam no âmbito estadual. Se em campanha política não se pode perder tempo, já no começo da semana, a disputa que vem num crescendo provavelmente terá novidades, com material de exposição dos candidatos a ser passado de mão em mão, bandeiras pelas ruas e muitas músicas com mensagem de esperança, pirraça, bom e mau gosto a toda hora. Outras ações estão ligadas à campanha. É certo que depois da carreata de Moizés e da de Eures que ainda vai acontecer, entrevistadores vão sair pelos bairros para a verificação por projeção estatística de quem é quem neste estágio da disputa. Énfim, é disso que o povo gosta. Materia retirada do Escuta no poder .
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